domingo, 20 de dezembro de 2009

Cabral: um naufrago à deriva

O governador Sérgio Cabral assumiu de forma categórica, embora involuntária, o seu desespero em relação às eleições do ano que vem, fato que já foi noticiado em várias colunas políticas.

Hoje, o jornal O GLOBO circula com um caderno de 12 páginas em papel especial com o título: “Rio de Janeiro: 3 anos de conquistas”. Quem ler e acreditar em tudo que está escrito estará convencido de que nos últimos 3 anos, nenhum lugar do planeta cresceu tanto, se desenvolveu tanto e a sua qualidade de vida melhorou tanto, como o Estado do Rio de Janeiro.

Sérgio Cabral gastou uma fortuna para mais uma vez tentar enganar a população. Parte da crença que os leitores de O GLOBO são idiotas e acreditam em contos de fadas. As 12 páginas do caderno que “vende” o Estado do Rio como um paraíso criado por Sérgio Cabral, se ressumem a duas únicas realizações do governador – as mesmas de sempre – as UPAs e as UPPs.

No restante do caderno Cabral se apropria indebitamente e de forma deslavada de iniciativas que não são dele: a recuperação da indústria naval, a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) e outros empreendimentos industriais de grande porte que foram conquistas da governadora Rosinha Garotinho; a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, governo Garotinho; as obras do PAC, do governo federal; e a conquista das Olimpíadas, vitória do COB e da prefeitura do Rio.

Tudo isso dá a dimensão do medo que o governador Sérgio Cabral tem das eleições do próximo ano e ao mesmo tempo evidencia, para aqueles que acompanham o noticiário diariamente e não são teleguiados pela mídia oficial, que o governador Sérgio Cabral faz o pior governo que o Estado do Rio de Janeiro já teve. Em 3 anos não fez nada. Realizou menos que todos os outros.

É realmente uma pena para todos nós que não seja verdade o título do caderno de propaganda de Cabral em O GLOBO: “3 anos de conquistas”. Na verdade, só andamos para trás nos últimos 3 anos e a maior prova está na própria propaganda de Cabral. Quando um governo alardeia que fez aquilo que foi realizado no governo anterior, na prática está assumindo o seu próprio fracasso. Este é o principal motivo do desespero de Cabral.

Como um náufrago, vendo o seu navio afundar, Cabral se agarra à propaganda – gastando milhões – como se fosse a sua tábua de salvação, e como numa alucinação quase moribunda, sonha que o povo que o ele abandonou na praia quando o seu navio zarpou, vai acreditar em mais mentiras e lhe estender a mão para o salvar. O final dessa história é previsível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário